quarta-feira, 23 de março de 2016

A educação na atualidade

E a educação segue à deriva... Eis a analogia que faço. Como um barco sem direção, em meio a um oceano sem fim, sacudido por tempestades e tendo apenas um longínquo horizonte para orientá-lo, mas sem meios e nem perspectivas de chegar a qualquer lugar que seja... A educação brasileira sofre. Com a falta de investimentos de governantes e burocratas que nunca conheceram a realidade das sala de aula. Com o despreparo de professores que sofrem terrorismo o tempo inteiro, ameaçados de perderem seus suados empregos e de terem seus salários parcelados - como, de fato, tiveram. Com famílias desestruturadas e crianças que penam com suas situações de vulnerabilidade social extrema.
As instituições de ensino tem sangrado com feridas incuráveis que estão abertas desde os primórdios. Prédios sucateados, salas de aula superlotadas, materiais de apoio pedagógico escassos e  metodologias de ensino há muito fracassadas. Como mudar essa equação quando vemos, cada vez mais,  esse setor primordial ser desmantelado pelo governo e desrespeitado pela sociedade? Se os governantes, quando tem que cortar gastos, apelam por cortes no setor da educação, cancelando repasse de verbas para projetos ou congelando salários? Isso tem sido bem comum. Comum e lamentável.
O barco (a educação), só não naufragou porque ainda conta com pessoas atuantes que acreditam no que fazem. Pessoas que veem no ato de ensinar um modo de mudar as realidades duras dos alunos e de mudar o mundo. E, não importa o que digam, estudar é e sempre será um ato revolucionário. Entender o sistema é a melhor forma de, pelo menos tentar, subvertê-lo. O bom professor sabe disso. E é por isso que luta. Então, os movimentos de luta da categoria também fazem parte do ato de ensinar.
É preciso que a sociedade entenda que a educação é a maior e melhor arma para modificar o mundo e que, a partir dessa conscientização, possa valorizar as instituições de ensino e os profissionais (todos) que lá atuam. Que a sociedade contemporânea entenda, de uma vez por todas, que greve não é sinônimo de vagabundagem e que, se não há investimento significativo do governo nesta área tão importante, isso também é culpa da população que não apóia as lutas dos educadores e tampouco ensina seus filhos a valorizarem e respeitarem seus mestres. Está na hora de todos nos responsabilizarmos! O porto seguro para onde o barco da educação poderá atracar depende de cada um de nós. Ou o seu infeliz naufrágio. E você? O que você escolhe? De que lado você está?



Em março de 2016 fui convidada por uma amiga a fazer uma redação cujo tema era a educação na atualidade. Eis o resultado do trabalho. Achei que seria legal compartilhar destas inquietações com os amigos, uma vez que tenho muitos que também atuam na área da educação. Boa leitura! Comentem e compartilhem!