Ontem voltei a um lugar que há muito tempo não ia... Anos se passaram desde a última vez que pisara ali e voltar, depois de tanto tempo, fez com que eu remexesse em coisas que estavam guardadas em algum lugar aqui dentro.
Tem lugares que deixam o passado em suspenso... Lugares em que você ainda pode se ver fazendo as velhas coisas, revivendo as mesmas cenas...
Quando este passado é de lutas e sofrimento, a velha dor volta. Inevitável! Passei por longos anos ali. Um lugar que me era completamente estranho, mas que, com o passar do tempo, fui tomando posse das ruas, dos lugares e foi se tornando familiar.
Reconhecer os antigos lugares hoje me é doído, pois o contexto de outrora não era dos mais leves, não era simples... Relembro um passado de batalhas, em que ficava horas e horas do meu dia longe de casa com meus filhos pequenos, mas era necessário...
Descobri que Esteio poderia ser uma cidade tão boa quanto São Leopoldo, sonhei em mudar para lá durante muito tempo, pois passou a ser tão parte da minha vida, das nossas vidas, quanto a cidade em que nascemos.
Reviver, repensar, redescobrir, voltar sob um novo contexto me é extremamente prazeroso. Olhar para o velho com um novo jeito de olhar e isso é extremamente importante. Reconhecer o quanto cada história, cada época, cada momento, nos oferece algo de bom, por mais difícil que possa parecer no período em que o estamos vivenciando...
Histórias, todos temos, elas fazem parte do que somos, nos constituem enquanto pessoas, seres humanos... Vamos nos traduzindo, transmutando através de nossas vivências... Quando um passado é de superação, como este, vale a pena ser revisto...
Quando fui embora, lamentei pelas amizades das quais me distanciaria, sabia que seria difícil manter as tais amizades com a distância em quilômetros, mas, ainda assim, a vida me oferecera oportunidades de ver aquelas vivências com certa nostalgia.
Hoje posso falar com muito orgulho que fui e sou uma mãe que lutou e ainda luta por ideais. Mas hoje, além de mãe, também sou profissional. E é este novo contexto que apresento. Porque, infelizmente, ou felizmente, há saberes que são mais reconhecidos no meio acadêmico. Minha experiência de 14 anos como mãe de criança surda nada vale frente ao meu diploma, de uma faculdade cursada em cinco anos. Mas, se é isso que exigem, é isso que agora ofereço!
Alguns olham o lugar em que estou hoje e dizem que tive sorte... Mas, olhando para trás, para os anos em que fiquei sentada num banco, esperando por minha filha, enxergo as muitas lutas e medos enfrentados com dignidade. Não tive sorte, ou até tive, mas lutei muito e carreguei muita pedra para chegar até aqui... E, olhem bem, não estou nem na metade do caminho. Ainda tenho muita história por escrever! E para contar, então... Com muito carinho, com muito orgulho! Pois tem coisas que não devem ser esquecidas.
Reconhecer os antigos lugares hoje me é doído, pois o contexto de outrora não era dos mais leves, não era simples... Relembro um passado de batalhas, em que ficava horas e horas do meu dia longe de casa com meus filhos pequenos, mas era necessário...
Descobri que Esteio poderia ser uma cidade tão boa quanto São Leopoldo, sonhei em mudar para lá durante muito tempo, pois passou a ser tão parte da minha vida, das nossas vidas, quanto a cidade em que nascemos.
Reviver, repensar, redescobrir, voltar sob um novo contexto me é extremamente prazeroso. Olhar para o velho com um novo jeito de olhar e isso é extremamente importante. Reconhecer o quanto cada história, cada época, cada momento, nos oferece algo de bom, por mais difícil que possa parecer no período em que o estamos vivenciando...
Histórias, todos temos, elas fazem parte do que somos, nos constituem enquanto pessoas, seres humanos... Vamos nos traduzindo, transmutando através de nossas vivências... Quando um passado é de superação, como este, vale a pena ser revisto...
Quando fui embora, lamentei pelas amizades das quais me distanciaria, sabia que seria difícil manter as tais amizades com a distância em quilômetros, mas, ainda assim, a vida me oferecera oportunidades de ver aquelas vivências com certa nostalgia.
Hoje posso falar com muito orgulho que fui e sou uma mãe que lutou e ainda luta por ideais. Mas hoje, além de mãe, também sou profissional. E é este novo contexto que apresento. Porque, infelizmente, ou felizmente, há saberes que são mais reconhecidos no meio acadêmico. Minha experiência de 14 anos como mãe de criança surda nada vale frente ao meu diploma, de uma faculdade cursada em cinco anos. Mas, se é isso que exigem, é isso que agora ofereço!
Alguns olham o lugar em que estou hoje e dizem que tive sorte... Mas, olhando para trás, para os anos em que fiquei sentada num banco, esperando por minha filha, enxergo as muitas lutas e medos enfrentados com dignidade. Não tive sorte, ou até tive, mas lutei muito e carreguei muita pedra para chegar até aqui... E, olhem bem, não estou nem na metade do caminho. Ainda tenho muita história por escrever! E para contar, então... Com muito carinho, com muito orgulho! Pois tem coisas que não devem ser esquecidas.
Mana, que lindoooo! Cara, deixa as pessoas que f*. Sempre que alguém te ver bem, conquistando tudo aquilo que sempre quis, vão dizer que tu teve sorte, por quê ninguém quer admitir que tu lutou muito pra conquistar tudo isso! E tu conseguiu, e eu tenho muito orgulho de ti, de toda tua luta, e agora eu finalmente sinto que tu vai começar a colher todos os frutos que tu plantou com muito esforço. Adorei o texto, e obrigada por não ter ido morar em Esteio <3
ResponderExcluirHahahahaha, sua boba... A gente fica tentado a mudanças bruscas qdo vive em certas situações, mas, enfim, não abandonamos a nossa essência... Muito obrigada, minha véia, saibas que és parte do que me faz forte! E tomara que os frutos venham, pois muitos terão oportunidades de usufruí-los... Te amo!
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