Volto ao Blog depois de mais de um mês sem escrever para falar sobre uma coisa que muita gente já deve ter se perguntado alguma vez na vida. Por que encontramos determinadas pessoas, por que estas e não outras, por que entram em nossas vidas em certos momentos e algumas vezes temos tantas dificuldades em tirá-las dela?
Podem ser pessoas que compartilham de uma sala de aula com você por anos, podem ser pessoas com quem você trabalha, podem ser aquelas que você encontra nas mais diversas situações: um restaurante lotado que obriga você a dividir uma mesa, um acidente ou até numa praça num dia preguiçoso de sol. Os primeiros encontros sempre marcam as histórias daqueles que passam a fazer parte de nossas vidas sem mais nem porque.
Quando estamos dividindo um espaço com muitas pessoas, como na escola, trabalho ou faculdade, muitas vezes me perguntei porque estas e não aquelas outras que entraram na minha vida... Afinidade? Ou será coisa de outras vidas? Porque, se pararmos para pensar, algumas, não, muitas delas, saem de sua vida sem que sequer tenham feito parte dela. São aqueles que você cumprimenta na rua, mas nem sabe bem de onde que conhece. Enquanto isso tem aquelas outras que vão na sua casa, conhecem seus filhos, fazem parte da sua rotina. Como começou? Passa um filme na cabeça. Foi naquela vez em que ela te ajudou num trabalho importante, foi na vez em que te pagou um almoço quando você teria ficado o dia inteiro sem comer, se não fosse por aquele gesto.
Cada vez mais tem menos pessoas fazendo essa diferença em nossas vidas. Cada vez menos pessoas entrando em nossos corações para ficar. Já falei das máscaras, já falei da superficialidade, da correria de nosso dia a dia... mas serão estes mesmos os motivos? A Internet facilitou ou complicou este processo? Eu sempre analiso pelos dois lados essa questão. Diria que facilitou e complicou ao mesmo tempo. À medida que temos a possibilidade de conhecer pessoas de longe, que certamente não encontraríamos em outras situações, muitas delas utilizam desta ferramenta para esconder quem realmente são. Isso complica. Mas não é a Internet, são as pessoas.
Conheci muitas ali que se fincaram em meu coração, cada um do seu jeito e cada um tem um pedacinho, alguma coisa, que eu amo muito.
Mas grandes encontros só acontecem com aqueles que mantém suas almas, com aquelas pessoas que se deixam levar, que não tem medo de sofrer. Perdi as contas de quantas vezes pensei que estava vacinada, que não me apaixonaria e, quando dava por mim... Lá estava, caidinha de amores e sofrendo fosse esse amor correspondido ou não. Sofremos por aqueles que amamos, seja um namorado ou um amigo. Sempre é ruim ver o final de uma relação, seja ela qual for. Nos decepcionamos, pensamos que nos fechamos, e, quando menos esperamos, começa tudo de novo.
Hoje poucas pessoas são parte desses encontros, muito poucas. Mas dou valor a cada uma delas. Sei do exato momento em que cada uma se fincou em meu coração, os primeiros sorrisos compartilhados, as primeiras lágrimas. Sei que vou chorar quando tiverem que ir embora, pois gostaria de tê-los sempre ali, por perto, mesmo que de longe. E, não importa quanto tempo passe, outros encontros virão. Surpreendentes e estranhos, como todo grande encontro tem de ser... E estarei pronta.
Carina, 03/04/2011
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