E eis que chega o mês de dezembro. Último mês do ano, mês de despedidas, renovação das esperanças e, por que não dizer, mês de dar uma geral na vida, passar alguns rascunhos a limpo e outros jogar na lata de lixo.
Já faz algum tempo - aliás, muito, pro meu gosto - que estou fazendo um balanço das coisas da minha vida, entre sorrisos e lágrimas, tenho errado e acertado de acordo com o que a vida vem trazendo.
Já faz algum tempo que estou para escrever este texto, já o escrevi e reescrevi tantas e tantas vezes mentalmente que nem consigo dimensionar, mas realmente achei que ele combinava mais com o final de ano, com tantas e tantas reflexões que permeiam estas datas festivas e que, muitas vezes, são mais internas do que externas.
Começo fazendo um balanço mesmo. Coisas legais e outras nem tanto que ao longo deste ano foram tomando forma.
Descobri que ser/estar só é muito mais do que uma condição de não ter alguém ao lado. Nós mesmos é que nos fazemos sozinhos, mesmo com muitas pessoas em volta. Tiveram muitos momentos difíceis ao longo do ano em que tive o total apoio de pessoas muito queridas, mas que, no entanto, desejei ter alguém especial para compartilhar, dividir, desabafar, ou simplesmente abraçar no final do dia. Essa solidão é foda... Acaba, de certa forma, nos consumindo e, caso não cuidemos, pode nos deixar amargas. Tem outros momentos difíceis em que é necessário ficar sozinho para organizar as coisas por dentro. A solidão é um fantasma que nos assombra, que por vezes nos fere, mas que nos constitui como pessoas. Como vamos conviver com outras pessoas se não soubermos desfrutar de nossa própria companhia? Ler um bom livro, escutar boa música, faxinar e dançar em meio a bagunça são coisas gostosas de se fazer sozinho. Aprendi isso ao longo deste ano.
Muitas mudanças fizeram parte de nossas vidas em 2015. Mudanças para melhor, que me fizeram crer que, muitas vezes, jogar-se no abismo é muito melhor do que observá-lo de fora. Tive medo, sim, do desconhecido, mas, ainda assim, não fiquei imóvel, travei as batalhas. Não, não foi fácil, mas, se sobrevivi, certamente hoje estou mais forte do que antes. Entendi que o tempo é o melhor remédio e que de nada adianta sofrer com antecedência por nada. O rio segue seu curso e os acontecimentos da vida também. Como eu mesma disse outrora, não se muda uma vírgula do que está escrito, do que é pra ser.
Perdi muitas pessoas, encontrei outras, algumas ganharam um significado especial na minha vida e outras simplesmente passaram, foram embora do mesmo jeito que surgiram. Aprendizado. Sempre levamos algo do outro e deixamos algo nosso também. Não posso reclamar. Tanto das que partiram quanto das que chegaram. Aliás, posso dizer que partiram muito mais pessoas do que chegaram. Penso que deve ser porque hoje tenho maturidade para reconhecer relações sombrias, que não me acrescentam nada. Deixo ir. Simples assim. E hoje dói bem menos do que antes. Posso olhar, saudosa, as fotos, sem que isso me provoque dor. Foram momentos bons e passaram. As pessoas ruins nos ensinam mais do que as boas e, se tem uma certeza que eu guardo depois de tudo isso é que a vida continua, com ou sem elas em nossas vidas. Uma das coisas mais importantes que aprendi é sobre a finitude das coisas. E isso faz, algumas vezes, com que pareçamos egoístas e arrogantes frente aos outros, mas não é isso. Trata-se de desapegar-se da dor, não de deixar de sentir saudade.
Vejo muita gente falando nesta época do ano que quer que o ano vá logo embora. Colocam suas esperanças de melhora e de felicidade (se é que ela existe) no ano que está para vir, como se o passar das horas fizesse tudo acontecer. Eu não tenho esta pressa. Vivi muitos momentos bons em 2015. Muitos momentos ruins também, de depressão, angústia, tristeza, pesar, solidão. Mas e não são assim todos os anos? Não creio que exista felicidade plena e absoluta. Somos um somatório de conquistas e perdas, alegrias e tristezas, altos e baixos, não tem como ser diferente e nem acredito que a vida teria alguma graça caso as coisas não fossem exatamente assim. Precisamos dos momentos ruins para que os bons ganhem mais cor. Celebrar a vida nos seus detalhes. Ser grato. Estou exatamente nos lugares em que tenho de estar. Poderia ser diferente? Sim, poderia. Poderia ser melhor? Lógico! Mas, se não reconhecemos o que temos, como podemos querer mais?
Em outro ano, numa reflexão de ano novo, eu disse que a mudança não vem, caso ela não aconteça em nós mesmos primeiro. É exatamente isso! Por isso reitero, não adianta esperar o relógio dar a meia noite, não adianta esperar 2016 chegar e ser melhor porque o melhor tem que vir de nós mesmos. Não espere nada acontecer para tomar uma atitude, não se contente com menos do que você merece e, principalmente, tenha plena consciência de que ser/estar feliz é você com você mesmo, não depende de outras pessoas, jamais dependerá! Ame-se do jeito que é e, caso você de fato não curta o que vê no espelho, vá à luta, trace um objetivo, corra atrás. Mas não deixe que o sistema te escravize, não deixe que os outros te digam como deve ser. Dance, esteja com quem você ama, rabisque, escreva, esqueça as mágoas do passado, desafie a si mesmo. No fim das contas, sempre será você com você, lembre-se disso! E, não esqueça, por favor, que você sempre merecerá o melhor, até porque ninguém sabe o que você percorreu para chegar onde está e, portanto, ninguém tem o direito de te julgar seja pelo que for.
Nesta época do ano eu costumo refletir, me fechar para fazer um breve balanço, às vezes traçando objetivos dos quais não cumpro nem a metade, mas o fato é que estou aprendendo a ser melhor um pouco a cada dia e sou exatamente a pessoa que eu gostaria de conhecer. 2015 foi um grande ano. 2016 também será porque não são os dias que nos fazem, somos nós que fazemos os dias. Então, espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier!
Este texto foi iniciado em dezembro de 2014. Continuei a mesma reflexão e a mesma linha de raciocínio sem modificar uma vírgula sequer, dos dois primeiros parágrafos. Então, há um significado imenso nestas palavras e espero que a reflexão ajude as pessoas que pensam que à meia noite do dia 31 tudo pode mudar. Pode. Mas depende única e exclusivamente de nós. Pensem nisso!
Muitas mudanças fizeram parte de nossas vidas em 2015. Mudanças para melhor, que me fizeram crer que, muitas vezes, jogar-se no abismo é muito melhor do que observá-lo de fora. Tive medo, sim, do desconhecido, mas, ainda assim, não fiquei imóvel, travei as batalhas. Não, não foi fácil, mas, se sobrevivi, certamente hoje estou mais forte do que antes. Entendi que o tempo é o melhor remédio e que de nada adianta sofrer com antecedência por nada. O rio segue seu curso e os acontecimentos da vida também. Como eu mesma disse outrora, não se muda uma vírgula do que está escrito, do que é pra ser.
Perdi muitas pessoas, encontrei outras, algumas ganharam um significado especial na minha vida e outras simplesmente passaram, foram embora do mesmo jeito que surgiram. Aprendizado. Sempre levamos algo do outro e deixamos algo nosso também. Não posso reclamar. Tanto das que partiram quanto das que chegaram. Aliás, posso dizer que partiram muito mais pessoas do que chegaram. Penso que deve ser porque hoje tenho maturidade para reconhecer relações sombrias, que não me acrescentam nada. Deixo ir. Simples assim. E hoje dói bem menos do que antes. Posso olhar, saudosa, as fotos, sem que isso me provoque dor. Foram momentos bons e passaram. As pessoas ruins nos ensinam mais do que as boas e, se tem uma certeza que eu guardo depois de tudo isso é que a vida continua, com ou sem elas em nossas vidas. Uma das coisas mais importantes que aprendi é sobre a finitude das coisas. E isso faz, algumas vezes, com que pareçamos egoístas e arrogantes frente aos outros, mas não é isso. Trata-se de desapegar-se da dor, não de deixar de sentir saudade.
Vejo muita gente falando nesta época do ano que quer que o ano vá logo embora. Colocam suas esperanças de melhora e de felicidade (se é que ela existe) no ano que está para vir, como se o passar das horas fizesse tudo acontecer. Eu não tenho esta pressa. Vivi muitos momentos bons em 2015. Muitos momentos ruins também, de depressão, angústia, tristeza, pesar, solidão. Mas e não são assim todos os anos? Não creio que exista felicidade plena e absoluta. Somos um somatório de conquistas e perdas, alegrias e tristezas, altos e baixos, não tem como ser diferente e nem acredito que a vida teria alguma graça caso as coisas não fossem exatamente assim. Precisamos dos momentos ruins para que os bons ganhem mais cor. Celebrar a vida nos seus detalhes. Ser grato. Estou exatamente nos lugares em que tenho de estar. Poderia ser diferente? Sim, poderia. Poderia ser melhor? Lógico! Mas, se não reconhecemos o que temos, como podemos querer mais?
Em outro ano, numa reflexão de ano novo, eu disse que a mudança não vem, caso ela não aconteça em nós mesmos primeiro. É exatamente isso! Por isso reitero, não adianta esperar o relógio dar a meia noite, não adianta esperar 2016 chegar e ser melhor porque o melhor tem que vir de nós mesmos. Não espere nada acontecer para tomar uma atitude, não se contente com menos do que você merece e, principalmente, tenha plena consciência de que ser/estar feliz é você com você mesmo, não depende de outras pessoas, jamais dependerá! Ame-se do jeito que é e, caso você de fato não curta o que vê no espelho, vá à luta, trace um objetivo, corra atrás. Mas não deixe que o sistema te escravize, não deixe que os outros te digam como deve ser. Dance, esteja com quem você ama, rabisque, escreva, esqueça as mágoas do passado, desafie a si mesmo. No fim das contas, sempre será você com você, lembre-se disso! E, não esqueça, por favor, que você sempre merecerá o melhor, até porque ninguém sabe o que você percorreu para chegar onde está e, portanto, ninguém tem o direito de te julgar seja pelo que for.
Nesta época do ano eu costumo refletir, me fechar para fazer um breve balanço, às vezes traçando objetivos dos quais não cumpro nem a metade, mas o fato é que estou aprendendo a ser melhor um pouco a cada dia e sou exatamente a pessoa que eu gostaria de conhecer. 2015 foi um grande ano. 2016 também será porque não são os dias que nos fazem, somos nós que fazemos os dias. Então, espere o melhor, prepare-se para o pior e aceite o que vier!
Este texto foi iniciado em dezembro de 2014. Continuei a mesma reflexão e a mesma linha de raciocínio sem modificar uma vírgula sequer, dos dois primeiros parágrafos. Então, há um significado imenso nestas palavras e espero que a reflexão ajude as pessoas que pensam que à meia noite do dia 31 tudo pode mudar. Pode. Mas depende única e exclusivamente de nós. Pensem nisso!
Perfeito...os dias são apenas coleções de horas pré programadas, o ano é apenas numeros no calendario...a diferença esta(ou pode estar) nas pessoas.
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