quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Sonho...

Sonhei com ele de novo... E era um sonho assim, meio maluco, daqueles sonhos que são fáceis de perceber que se está sonhando. Mesmo assim, acordei de sobressalto. Senti. Senti ciúmes, desespero, senti dor... No sonho, chorei, mas não consegui fazê-lo quando despertei, embora a dor ainda estivesse lá, bem no fundo do meu ser.

Arrumei-me, tomei meu café e me pus a caminhar rumo ao trabalho, a dor causada, irrompida, pelo sonho, dispersou-se por todo o meu ser, mas ainda permaneceu.

Por mais que eu tente me afastar, por mais que eu tente convencer a mim mesma, qualquer coisa traz à tona o sentimento adormecido.

É inevitável. Chegará a hora em que ele terá de recomeçar a sua vida. Tenho que estar preparada. Este sonho pode ter sido um aviso para a minha alma: "prepara-te para vê-lo passar de mãos dadas com outra, prepara-te para vê-lo construir outra história, assim, longe de você, prepara-te para ser banida de uma vez por todas da vida dele, sem tê-lo expulsado ainda da sua."

Punição? Castigo? Talvez... Talvez por eu ser tão subliminar, talvez por ser tão abstrata e continuar acreditando naquilo que não posso ver ou tocar. Por ainda ter esperanças de que algo como o amor possa renascer quando nada foi cultivado.

A impossibilidade de trazê-lo de volta à minha vida é intensificada até mesmo no terreno dos sonhos e me marca profundamente. Logo em meu sonhos, que é exatamente onde eu poderia sentí-lo por perto novamente, ele me escapa. Tal e qual nuvem, fumaça, vapor. Nada há que se possa fazer para resgatá-lo, nada!

Resta-me este sentir...sentir o vazio fulgurado pela ausência de amor pelo qual meus dias vão se passando. Serei amada outra vez? Serei observada e velada enquanto durmo por olhos carinhosos e atentos mais uma única vez em minha vida?

Só peço a Deus que a eterna ausência dele em minha existência não me tenha condenado a ter de viver também sem o amor o resto dos meus dias...

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