terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Algumas reflexões minhas...

Hoje acabei a leitura do livro. Penso que me libertei das amarras, a falsa moralidade social já não mais me afeta como antes. Na realidade, penso que sempre tive uma ponta de inveja destas mulheres que não tiveram medo de ousar, de deixar o tesão falar mais alto que a razão, enfim, de enfrentar o desconhecido.
O que sempre me impediu de transcender foi eu mesma... Por medo. É, porque nunca liguei muito para as regras e convenções sociais, pelo contrário, sempre me fez muito bem ironizá-las e, de certa forma, combatê-las. Questionar o sistema faz parte da minha vida, desde que me conheço por gente.
Mas a questão que me vem agora não é esta, definitivamente não. O que me pergunto agora é como vim parar aqui? Nunca tive vocação para ser mãe de família, honesta e recatada... Minha devassidão, minha Lilith, ficou em algum lugar em mim, distante e esquecida...



Dia 05/01/2007.

Estou cansada... Deus sabe o preço que pago, que sempre paguei. Por minhas escolhas, os caminhos tortos que percorri e ainda percorro... Acho que não era pra mim. Não consigo ser forte o tempo todo.

Dia 20/05/2007.

A lua cheia há alguns dias me deixa inquieta. Já não sou mais o suficiente para mim mesma... Espaços vazios... E uma inspiração doida que me faz querer escrever, mas não para mim, não em segredo. Quero escrever para outra pessoa, mas, no entanto, acho que ninguém compreenderia.
Minha Lilith está desperta! Mais uma vez. E já não posso sentir que tipo de destruição está causando aqui dentro ou que mudanças trará consigo. Mas é tão forte, tão intenso... Me consome quase que por inteiro...


Dia 03/06/2007.

Penso que há algo em mim que me afasta das pessoas e as afasta de mim. Mesmo junto, mesmo perto, me sinto só e essa solidão cresce cada vez mais e mais e faz com que eu não chore quando tenho vontade, acaba com a empatia, me faz gélida diante de meus próprios sentimentos. O conhecimento nos distancia pouco a pouco das pessoas.


Carina, dia 05/06/2007.

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